domingo, 14 de julho de 2013

TU (Solo 2)

[...] enquanto eu terminava de me acabar, eu ia percebendo que minhas mãos para cima poderia sim dizer algo como adeus a mim em partes, eu pouco me importei em cair novamente, talvez eu pudesse me recompor novamente, mas enfim, prefiro não cair dessa vez...
         Poderíamos ir adiante com qualquer doce maneira que nos deixam mendigando em busca de algo que se foi, poderíamos preferir estar sozinhos do que com o que nos faz “mau”, mas isso faz mau mesmo? A única coisa que lembro são as noites mal dormidas, o frio, a fome, o celular...
         Aprender a gostar de alguém é coisa satisfatória e relativamente idiota em partes que se diz que mudamos.
        



         Lembro que há um ano eu ainda tentava estar ao lado daquilo que me enchia os olhos, eu chegava ao fim do dia e me deparava ao desespero de olhar para o céu e não ver qualquer cometa percorrendo a grande e densa Láctea. Era o único momento que eu parava para apreciar o céu, as estrelas, a vida que não era a mesma à anos. Se passava rapidamente, mas era bastante o suficiente para me deixar em paz novamente. Os dias se passavam, às noites se passavam, os cometas, as estrelas, os céus, as luas, os sóis, as vidas, as mesmas coisas também se passavam, pouco me importava em passar, continuava ali estático, parado, imóvel, desesperado por dentro... continuei, continuei, continuei, teimei em continuar, me deparava com isso já bem definido, eu sabia ao quê estava dizendo naquela hora.
         Em uma manhã levantei e andei ao caminho mais próximo e tentei calar o som do vento com os dedos, ele me revidou, disse algo insatisfatório, apenas baixei a cabeça, levantei a cabeça e me deparei com uma árvore, nunca tinha percebido ela naquele lugar, ela me remetia muito ao queria encontrar talvez, ela não me veio no momento certo, ela me prendia por fazer parte do outro lado que compunha meu vazio do outro lado. Eu ficaria por horas, noites, dias... eu ficaria o maior tempo, o quanto eu quisesse ali, eu pouco me importei em voltar. Passado dias, voltei à olhar o céu, ele não passou dessa vez, apenas deixei de mão. E assim se foi adiante, os dias, as noites, as luas, sóis, luas, arvores, mas não o cometa, ele simplesmente deixou de passar. Eu passei a não olhar mais o céu, ele não me importava mais, estava eu ali há um mês eu e árvore, a árvore e eu. Logo percebi e olhei para os lados, vi uma luz, segui, segui até um fim que não se enfim tinha,se dava de encontro ao mar, uma mar quase morto, que me remetia muito à solidão, desci, na beira do mar tinha um peixe, tinha um peixe na beira do mar, ele tentava se refazer, colhendo força para chegar na água, mas era pra água que ele queria ir? Ele estava apontado para fora do mar, e pulava numa pressa que não me pensei duas vezes e o coloquei no mar de volta, em transe o peixe morreu, uma onda se veio do meio, se fez bem grande e eu ali fiquei observando apenas seu movimento se engrandecendo , uma onda muito grande que puxou a água que cobria meus pés e deixou à mostra o peixe morto, ela veio até eu e o peixe, o peixe, a areia e eu, e pude me ver contra a parede da onda gigante na minha frente, pouco maior que eu, ela quebrou e me banhou, e levou o peixe, o último suspiro do mar, naquele momento o mar se transformou num lago, e que se paralisou e a água se fez sozinha naquele momento, pensei muito no peixe, isso não deveria acontecer se tivesse colocado-o de volta no mar, mas grandes consequências se fazem de pequenos gestos que podem ser bons ou ruins. Voltei à  arvore, o peixe sumiu da minha mente naquele momento,  a árvore morria, o vento não ventava mais, apenas chovia, estava naquele eu e árvore quase caída, a arvore quase caída, a morte e eu, fui voltando aos pra minha casa, pensando na árvore e no cometa, ao cometa me lembrava das vezes que o via e ria, da árvore lembrava dos dias que à via e chorava, ela morria, ela chorava, eu tinha me traído por não cuidar da árvore? Fiquei trancado por um tempo em casa, sem ver sóis, luas, árvores, cometas, estrelas, peixes, mares, ventos, lagos, mortes... fui à minha janela algum tempo depois e vi o cometa passar novamente, me veio a mesma sensação de antes, mas ela era presa, ela me lembrava a árvore, e isso me vinha a cabeça todas as vezes que olhava o cometa, e me preocupava por isso. Agora meu vazio se completava com duas dúvidas: ao cometa ou à árvore?

         Não sei mesmo ao que pensar, uma confusão distraída, preciso encontrar meu verdadeiro TU!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Solo [aqui] Só

Consegues ver o mundo em que me jogou, em qual me joguei?
Tu serias a última opção pra eu respirar amanhã
Meu futuro ainda te pertence
Se tu ainda estivesses ias entender porque vivo
Ainda espero ansiosamente todos os dias
O sol nascer
A lua parir
A madrugada esvair
Minha alma ir
Ainda penso em teu rosto como a coisa mais singela do mundo
A figura interna lutando contra o pessimismo em que penso
Que choro

Suas mãos, ainda sinto todas as vezes que me deito e me afago e me apego com o que sobrou do teu abraço por trás de mim!

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Nos Matando De Vez



Por se passar tanto tempo sem a luz do dia podemos ficar extremamente infelizes com a impossibilidade de não poder se respirar olhando o sol...
No canto à direita da minha sala se vinha ao redor a até a extrema esquerda uma sombra, essa sombra se vinha do fio perto da lâmpada que ficava do outro lado.
Vi o sol varias vezes, mas preferi não olha-lo mais.

                        Poucos relatos tive na minha época de grande humano vivente, eu levantava de manhã, ia à esquina da minha rua, comprava qualquer sanduíche com qualquer suco que me dava vontade de tomar, ia ao mundo...
Pra mim parecia tudo perfeito, inclusive encontrar uma patinha de barata enrolada em um guardanapo.
Na primeira tarde de outono do ano sai mais cedo da minha aula, resolvi ficar vagando ou num termo mais inútil “vagabundando” pela cidade. Olhei as folhas das arvores caírem e voarem ao infinito, me sentei na praça e vi crianças irem e virem brincar no parquinho, pessoas passeando, correndo, namorando... Tudo simples e normal, nada acontecia de tão interessante que me fizesse surpreender. 
Enfim, começou a anoitecer, era hora de voltar pra casa, levantei, peguei meu celular e comecei escrever um SMS, queria compartilhar minha vida normal com alguém. Andei durante uns cinco minutos trocando mensagens, até ri de tanta besteira que estava falando, não olhei pra frente, pra trás, para um lado, pro outro... De repente meu campo de visão detectou alguém vindo na minha direção, mas já era tarde demais, eu olhando para o celular ele para trás, nos esbarramos:
-olha por onde anda cara...
- não tive culpa de nada, tu que deverias olhar para frente quando seu corpo está posicionado para frente...

Enfim, trocamos exatamente essas palavras, me apressei em pegar meu celular que caiu, ele pegou algum papel que estava em sua mão, e foi embora, pouco me lembro do rosto daquele sujeito, lembro-me bem que ele usava óculos.
E fui pra minha casa...
E tantos e tantos outros dias se passaram e cheguei a ficar de férias e a voltar à escola que já não fazia diferença, sempre a mesma coisa, a não ser quando eu estava entusiasmado para mostrar nossas peças novas à escola que acontecia todo final de bimestres. Montávamos várias coisas, de tragédia à comédia. Eu fazia parte da galera excluída da escola, mesmo sendo “popular” preferia andar sozinho.
Depois das férias, eu estava prestes a fazer meu último ano no colegial. Nada de turma, amigos novos, novas expectativas. Com certeza ia ser como todos os anos: eu e eu mesmo...
Levantei de manhã cedo, tentei me arrumar na noite anterior, mas por ficar até horas jogando esqueci, tive que organizar as coisas da escola, tomar banho e ir à esquina comprar meu café da manhã pra então seguir rumo à escola. Nesse dia eu realmente peguei qualquer roupa que me veio à frente, a minha calça quase jeans quase desbotada, uma camisa verde que não tinha nenhum detalhe (nunca gostei de usar coisas com muitos detalhes), meu tênis, arrumei meu cabelo como de costume, peguei minha mochila e saí. Fiz todo meu trajeto e cheguei à escola. Já não era novidade ver os calouros tímidos, a galerinha da antiga num canto rindo e falando alto, e várias outras coisas que se vê num primeiro dia de aula. Eu fiquei sozinho, falei com uma pessoa e outra que passei por elas e me sentei nas escadas mais bem perto da porta da escola. Por volta das oito horas a escola abriu, eu entrei, fui à minha sala e antes que eu entrasse no corredor da minha turma, senti dois toques de dedos no meu ombro direito:
            -Oi, bom dia, é que eu sou novo na escola, eu queria saber onde é que fica a turma 712?
            Eu enfim né tive que me fazer de coordenador escolar ou qualquer coisa do tipo, sempre achei que deveria ter um fiscal pelo pra cada vinte alunos... Mas enfim, não sou o governo. Apenas respondi:
            -Pode me seguir, fica ao lado da minha.
Enfim o garoto me seguiu até encontrar a sala, disse obrigado e entrou. Nunca tive amigos nessa escola pelo fato de eu não gostar dela, meus pais me transferirem pra lá por obrigação. Tive que aguentar dois anos da minha vida “naquilo”.
Na hora do intervalo saí até o pátio, me sentei e fiquei lá com o celular na mão, sempre jogando, até que o garoto veio até mim e falou:
            - Tudo bem?
Eu pouco me importei com aquele “tudo bem”, demorei cerca de cinco segundos para responder, decidi isso muito rápido, mas por educação resolvi responder:
            -Tudo sim! (só não perguntei “e você?” para não puxar assunto).
            -Acho que te conheço de algum lugar...
Ai eu levantei a cabeça, olhei bem pra ele e disse:
            -Não, definitivamente tu não me conheces...
Mas ele continuou:
            -Lembra-se de um tempinho atrás que esbarrou em uma pessoa lá na praça?
Aí eu quis me vingar:
            -Nem me vem dizer que és tu, porque nesse dia se tu não tivesse4s saído da minha frente tão rápido eu tinha te quebrado a cara.
Ele riu:
            -Sério? Então esse não sou eu não...
E voltou a rir:
            -Na verdade sou eu sim! E agora ainda tá com vontade de me bater?
Peguei meu celular, travei e coloquei no bolso:
            -Não, na verdade não sei nem porque estás falando comigo!
            -Só queria me aproximar de ti depois que percebi que já tinha tido um “contato” contigo...
            -Hum... Que bom...
            -E tu, o que me dizes agora?
            -Tô sem nada pra falar no momento...
            -Podemos ser amigos?
            -Ué, mais já? Só porque nos esbarramos “há um tempinho atrás” e estudamos na mesma escola, isso não nos dá caráter de amigos...
            -Ah, mas sei lá, só tive vontade realmente de falar contigo...
            -Tá ok, então falou né...
Eu realmente não estava a fim de fazer nenhuma amizade logo no meu último ano na escola. Depois disso ele saiu, sumiu...
Voltei a minha aula, e fiquei lá olhando o professor falando da vida dele que pouco me importava. Até que bateu o horário e sai, sai da sala, percorri todo o trajeto sem ir a lugar algum para sair da escola, cheguei à rua e fui em direção da minha casa. Durante um minuto andei só, logo depois “apareceu a margarida” falando comigo novamente:
            -Está indo para casa?
Preferi ser gentil mesmo com vontade de socar a cara dele:
            -Sim!
            -Onde tu moras?
            -Pra onde estou indo agora, a duas ruas daqui...
            -É? Minha casa também fica a duas ruas daqui!
-Legal.
-Posso te acompanhar?
-Já tá né?
E seguimos ao rumo da nossa casa, eu à minha ele à dele, ele falando muito, eu respondendo pouco, preferi não dá muita atenção.
No outro dia de manhã, ele foi comigo à escola, voltou comigo da escola e isso se repetiu durante a semana inteira. No sábado saindo da escola ele perguntou:
            -O que vais fazer à tarde?
Eu enfim né, ele já tinha me obrigado a falar com ele a semana inteira, já era fácil pra eu responder e falar com ele:
            -Nada, por quê?
            -Podemos ir ao shopping, tá passando um filme muito legal nos cinemas.
            -Podemos ver...
            -Sério?
            -Sim.
Ele escreveu o número dele num papel e me deu:
            -Toma, esse é meu número, qualquer me envia uma mensagem confirmando!
Eu peguei coloquei no bolso:
            - Tá ok!
Entrei na minha casa, tomei um banho comi a primeira coisa que meio à frente que eu já estava com muita fome.
Meus pais passavam o dia inteiro fora de casa.
Como eu realmente não ia fazer nada mesmo e o filme que estava nos cinemas me interessava muito resolvi mandar mensagem a ele dizendo que iria.
Por volta das 17 horas saí de casa e encontrei-o no caminho.
Chegamos ao cinema, compramos os ingressos, ainda bem que nesse dia não tinha fila para comprar os ingressos, lanchamos e na hora fomos assistir ao filme. Tinha pouca gente na sala, nos sentamos na parte superior à esquerda nas últimas poltronas, compramos e pipocas e refrigerantes Enfim o filme começou...
No ponto alto do filme o garoto assentou sua cabeça no meu ombro, abraçou meu braço, eu o olhei, achei estranho, mas ele não ficou assim por muito tempo.
O filme acabou e voltamos pra casa, ao chegar em casa recebo uma mensagem, fui olhar, era dele: “Boa noite
Nem fiz questão responder.
No outro dia como era domingo eu pude dormir até mais tarde, me espantei e me enraiveci com alguém me chamando lá fora, já era quatro da tarde isso, eu estava no computador jogando, saí até a porta, era ele chamando para conversar, voltei ao meu quarto desliguei o computador e voltei, conversamos o resto da tarde e um pouco da noite, ele foi embora, por volta das 22 horas recebo uma mensagem de “boa noite” dele, respondi “boa”, depois disso fui dormir.
Levantei no outro dia quase atrasado para a escola, ele já tinha vindo me chamar por eu estar atrasado, só acordei mesmo pelo chamar dele, me arrumei rápido, peguei minhas coisas e nem ia dar tempo de eu tomar café, mas ele trouxe meu café, disse que passou logo na padaria e comprou por estar muito tarde para a escola. Agradeci, comi no caminho.
A partir desse dia fomos todos os dias para escola, nos tornamos amigos, comecei a encontrá-lo na hora do intervalo para ficarmos conversando. Só que me deparei numa situação difícil na terceira semana da nossa amizade, eu nunca tinha me interessado por garoto algum, mas por ele foi uma coisa que foi indo, indo, quando vi já estava me deparando pensando nele...
Um dia enviei uma mensagem à ele: “tudo bem?” ele reponde: “sim, o que está fazendo?” respondi: “nada, da uma passada aqui em casa” ele respondeu: “em dez minutos estou aí”.
Fui para a porta espera-lo, ele não demorou muito:
            -Iai, o que foi?
Respondi:
            -Nada, só deu vontade de falar contigo te vendo!
Ele riu:
            -Mudou muito sua opinião sobre querer conversar comigo hein?
E continuou rindo:
            -Há poucos dias nem queria falar comigo...
            -Tá bom, se for pra continuar jogando as coisas na minha cara, é melhor tu ires embora...
            -Tá parei!
E continuou rindo:
            -Na verdade te chamei aqui pra tentar resolver uma coisa que me vêm acontecendo recentemente.
            -Pode falar...
            -Tu já sentiu uma atração muito forte por alguém que tu achas que não deve ficar com uma pessoa?
            -De sentir já, inclusive sinto...
            -Sério?
            -Sim, na verdade acho que não é que não devo ficar com essa pessoa...
            -E o que é então?
            -Sei lá...
            -Pode falar, somos amigos agora né?
            -Somos sim, na verdade já venho tentando conquistar essa pessoa, e de um tempo pra cá essa pessoa até começou se importar comigo...
            -Sei, pode continuar...
            -Me apaixonei por ti!
Eu fiquei sem reação, o olhei e fiquei sentado estático, depois baixei a cabeça:
            -Cara não me leva a mau, se não der em nada ainda te quero como meu amigo, a única coisa que não quero é ficar sem ti!
Olhei-o novamente:
            -Eu não sabia o que eu sentia realmente, mas me deparei com essa situação difícil, muito mesmo, eu comecei a me atrair por ti, isso nunca tinha acontecido de eu me atrair por um garoto, mas eu não sei o que pensar sobre isso.
Ele me olhou e sorriu brevemente, depois me abraçou. Logo depois nos olhamos abraçados e nos beijamos, eu beijei ele como se fosse o primeiro beijo da minha vida. Nem nos preocupamos com quem eventualmente poderia passar na rua, só curtimos nosso momento. Depois do breve beijo que nos demos, ficamos abraçados durante um pequeno longo tempo. Depois ele me olhou e disse que tinha que ir pra casa, eu o abracei de novo e o beijei, ele foi embora.
No outro dia nos comportamos como dois estranhos, eu senti um frio na barriga antes de encontra-lo à caminho da escola:
            -Oi tudo bem?
Ele respondeu:
            -Sim e você?
            -Está tudo certo sim...
            -E como foi sua noite?
E assim fomos conversando e ao pouco perdendo a “vergonha” para escola, rimos muito nesse dia.
E assim se foi um mês, nós estávamos ficando há tão pouco tempo e isso parecia ser anos de convivência, eu comecei a amá-lo.
No dia que fizemos um mês que estávamos ficando, convidei-o para ir ao cinema. Passei na casa dele, já me dava bem com os pais deles ele com os meus, já frequentávamos bastante um a casa do outro. Fomos para o cinema. Já depois que começou o filme levantamos o suporte do braço da poltrona e nos abraçamos, nos beijamos em seguida, depois olhei nos fundos olhos dele e fale:
            -Tô muito a fim de te ter pra sempre!
Ele deitou sua cabeça perto do meu pescoço, me beijou e me voltou a olhar:
            -Eu também tô te querendo muito!
            -Quer namorar comigo?
Ele me olhou abriu um sorriso lindo em seu rosto e respondeu sim:
            -Sim!
Depois disso nos beijamos e ele me falou:
            -Eu te amo!
Eu olhei ele o abracei fortemente e falei:
            -Eu te amo muito!
Depois que filme acabou chamei-o para dormir comigo, ele topou e fomos para minha casa, falei aos meus pais que ele dormiria naquela noite comigo e fomos pro meu quarto, tomamos banho juntos, nunca o tinha visto nu, saímos do banho e dei a ele um short meu para que ele dormisse, nos deitamos, não ofereci outro lugar pra ele dormir, dormimos juntos, abraçados. Eu estava em momento que enfim tudo o que eu queria era ficar sempre com ele. Todas as vezes que pegava meu celular mandava “te amo” pra ele, ele sempre me respondia “te amo muito J”.
Dois meses se passaram tudo estava certo na minha vida, estava dando tudo certo na minha escola, com meu namorado, enfim...
Chegou as férias, meus pais viajaram, eu preferi não ir, o chamei para passar as férias comigo, e passamos as férias juntos.
Completamos quatro meses juntos.
Voltamos à escola. Os pais deles venderam a casa deles e foram morar em um outro bairro, mas ele continuou estudando lá, ficávamos o dia inteiro juntos.
Um dia mandei mensagem à ele “iai, o que está fazendo?”, ele não me respondeu, só mandou uma mensagem à noite, de boa noite.
No outro dia na escola perguntei à ele porque não tinha respondido a mensagem, ele nada falou. Ele começou ficar estranho comigo. Não podia mais ficar o dia comigo, pouco falava por mensagens comigo, quando me via apenas me abraçava, nos finais de semana começou a preferir passar o dia com os tios dele do que comigo, o tempo dele realmente não era mais pra mim...
Cerca de três semanas que isso vinha acontecendo o chamei pra conversar:
            -Porque tanta dificuldade pra estar comigo?
Ele respondeu:
            -Não tenho dificuldade alguma, sempre que dá eu tô contigo, tu sabes disso.
            -Não sei não, antes passávamos o dia juntos, o final de semana juntos, nos falávamos bastante por sms, hoje em dia nada disso, acho que tenho mais falado com o vento do que contigo!
            -Cara, eu ando me ocupando, e pra ti não ficar muito tempo pensando em mim assim, poderia fazer alguma coisa pra não ficar com a cabeça vazia.
            -E tu achas ruim eu pensar em ti?
            -Não é que eu acho ruim, poxa eu tô agora querendo contigo querendo te abraçar, te beijar, e tu vens querer fazer cobranças?
            -Eu só achava que eu tinha por direito saber o que estava acontecendo nesse relacionamento que não estou sozinho nisso!
            -Pra mim não tá acontecendo nada demais.
Eu comecei a chorar, ele me abraçou e disse pra eu não chorar eu chorei mais ainda depois disso.
Aparentemente tínhamos nos resolvido, mas isso só continuava a piorar cada vez mais, cada dia que passava ele se afastava de mim, chegou à um ponto crítico de passarmos uma semana inteira sem nos falar. Comecei a sofrer por isso, pouco me alimentava, pouco dormia...
Um dia ouço a voz dele na minha porta, desci correndo abri a porta e o abracei, e disse que estava com tantas saudades. Ele pouco me abraçou. Convidei-o para entrar, ele entrou e se sentou no sofá, sentei do lado dele e liguei a tv, ele pediu que eu desligasse, eu desliguei, coloquei o controle do lado e o abracei e beijei, ele me olhou:
            -Eu tenho uma coisa muito séria pra ti falar!
Eu com brincadeira falei:
            -Que tu me amas? Eu sei, eu também te amo muito!
Sempre fazíamos essa brincadeira um com o outro, mas o que ele tinha pra me falar não era isso:
            -Nossa relação não dá ,mais certo pra nós!
Eu surpreso e quase chorando perguntei:
            -Mas porque?
            - Eu achei que o estávamos fazendo, ia durar apenas poucos dias, semanas, meses, e tu começaste a gostar muito de mim...
            -Mas tu falas que gosta muito de mim, tu falas que me ama!
            -Eu se, desculpa por alimentar esse sentimento dentro de ti.
Nessa hora eu desabei, chorei muito:
            -Hoje vim aqui só te dizer que terminamos.
Onde eu estava naquele momento fiquei, pensei do momento que começamos a nos falar até o presente momento.
Hoje já é o quinto mês que me vejo abrigado dentro do meu quarto, não saio mais à rua, vivo só por dentro de casa, pouco como...
As coisas a partir do dia que ele terminou comigo não passou a fazer sentido algum.
Eu continuo aqui, sem saber o que pode acontecer comigo mais tarde.
Eu continuo a espera-lo...
Mesmo sabendo que ele não vai mais voltar.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013



E não, não importa se tanta pouca diferença faz em se gostar, em se amar demais em dizer que “há, se o mundo viver até ontem, quero estar contigo até o próximo mês”, não...
Não importa se estivéssemos separados, porque nunca sempre estivemos, e um dia o fruto contamina nossa relação e quem sabe, passamos a serpentear por acaso em um deserto sombrio chamado solidão...
Não importa se todas as vezes que nasci, tenham feito indiferença pra mim mesmo, eu sei que não me importo o bastante comigo...
E realmente tão pouco importa se te disse que te amo, que não sei viver sem ti, que tu és a última pessoa da minha vida, que sem ti morrerei, que tantas outras coisas que falei de dentro da alma... Foram apenas meus momentos de desespero... Mesmo todas essas palavras desesperadas sejam verdades absurdas demais, eu sei...
Que se feche o livro se tu quiseres
Que morra tudo se tu fizeres
Não importa o tudo depois disso tudo

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Mais uma s#!t qualquer


"Reapostando" nas mesmas táticas de sempre, eu poderia enfim descrever a coisa triste que enfim vivi (sou).
Talvez pudesse entender que o tempo se passou e enfim, eu cresci?
Eu sorrio com minha antipatia de sempre, ainda não me considero sarcástico, preferi seguir alegre, sorri várias vezes, o sol pede isso...
Ouço o cantar de vários seres e ainda penso que eu realmente poderia não ter me ouvido, que poderia não me ter... Enfim, eu não poderia...
Minha voz?
Minha mente?
Talvez pudessem ser a mesma ou “as” de sempre. Mas estendeu-se meu pensamento e eu enfim sei que é verdade, só que minha cabeça me reflete com indiferença, e eu passo a pelejar por ti! Não me convencendo demais que te conheço pouco, pois tão pouco falou as poucas frases que me fez antes de te conhecer, sendo que eu não te conhecia, te via me falava, mas não sabia se eu realmente estaria te conhecendo.
Não nos conhecemos tão pouco ou tão muito para nos viver...
Mas nos reconhecemos tão tanto depois de nos viver durante pouco tempo...
Tempo foi o que se tornou depois disso tudo, eu entendo a coragem minha que seja a minha de te quase implorar um “oi” sequer, mas às vezes me deparo com minha insegurança segura, é natural do ser humano amar e querer estar. Isso é, quando se quer.
Tão pouco fez ou faz o brilho de uma estrela de olhos que se fez em mim quando tentei falar algo. Sou péssimo pra dizer que ainda vivo. Meu tempo apenas parou pra viver para o instante. E no instante momento vivo feliz contigo, cogitando viver mais, contigo, até porque tão pouco importa a tempestade, tão pouco importa o frio, o calor, a vida...
Tão pouco importa aquilo que não quero me importar...
Se vivermos um dia a mais antes de o dia acabar jurarei eu que ainda vou me viver sem respirar, sem olhar, sem sentir, sem estar, sem poder, apenas viverei por viver.
Ter coisas pra falar é sempre um desafio pra o que queria ouvir, mas eu sei, tentamos amenizar situações, mesmo sendo eu intruso, estressado, imbecil às vezes, não com o vento, mas com a brisa. Mas não é só de malefícios que me faço. Quem sabe me aponto no ritmo do mar...
Ter coisas pra responder se pudesses tu perguntar.
Antes alguém que se amava? Não ainda hoje podemos nos amar, só depende do viver, porque nem sempre estar no mundo dos sonhos é bom, enquanto tu dormes, trabalha, estuda, senta, ri, vive, descansa, arruma, conversa, vive pra ti ou pra alguém, continuo...
Continuo tentando
Continuo me apaixonando
Continuo sofrendo por me apaixonar
Ainda bem que amo a pessoa certa
Ainda bem que te amo
Ainda bem que amanhã posso acordar e receber um bom dia
Boa tarde
Boa noite
Mesmo que a noite não exista hoje
Mesmo que eu não possa te ver hoje, amanha, na sexta, no sábado, na outra semana, no outro mês...
No teu aniversario.
Mesmo que se não estivermos juntos na primeira hora do nascer do grito que ecoa em nossa mente e de outros e de tantos outros que amam, dos teus, dos meus amigos, dos nossos seres comuns pensantes, errantes, tolerantes, constantes e tão pouco importa o quê tantas outras coisas puderam ser.
Estamos relativamente, constantemente, inconscientemente vivendo!
Isso aqui não diz nada a respeito sobre mim...
Isso é apenas um colapso, o nascer de mais um dia!
Pouco importa o passado, pouco importa o agora, se podemos viver amanhã, ou quem sabe no outro amanhã, ou quem sabe ainda mais no outro amanhã...
Pra mim não faz sentido mesmo.
Por mim não faço querer entender.
Pra ti faria
(ainda não descartei as possibilidades de reconstruir toda essa escrita e todo esse senso de construções por partes)