domingo, 10 de junho de 2012

Solo [uno] Pesadelo


Eu desejo ser um anjo, pra viver todos meus fantasmas, vagar vivo além daqui.
Eu desejo dormir hoje e sonhar o sonho mais drástico, pra se um dia eu acordar eu lembrar e ser feliz...
Eu desejo não estar, não ser, não querer, desejo não desejar, prefiro agora olhar enquanto ser imóvel, pra todos os que no ar param e olham e respiram e fingem estar vivos e por fingir, pois não podem, todos sabem o que é. Eu queria estender-me além, mas me prendo e me faço e me desfaço, pois não existo.
Eu sou aquele que grita [não aquele que cala]
        Tinhas tu o dele poder estar, mas não estava pois hora tua não era, não vês que não somos o que sonhou aquele que não era quem queria pois vivia a vida infeliz de outro?
                                                              Como faremos pra voltarmos?
Continuarei imóvel até a próxima respiração, até o próximo suspiro, até o último grito, até o primeiro adeus.
Tu não és eu, mas eu sou.
Eu sou por que desejo chegar ao toque de despedida do sol ou da lua. Que se faça assim o último pedido do primeiro pano que corta a última nuvem no céu que chove.
                               Eu desejo estar lá.

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